sábado, 8 de agosto de 2009

Isso doi tambem.

A dor que mais doi em grandeza de dor, depois da saudade e da desilusão, é a dor de ver alguem que foi ou é ceifado, podado, castrado de seu potencial criativo.
De que vale o ar que passa pelos pulmões, tão bem criados pela natureza sobre ordenação de um deus qual quer, se esse ar não seja intitulado como o ar da liberdade, o ar da graça em poder viver a intenção de saber que a vida é finita.
Eu queria escrever sobre você coisas tão lindas quanto a sua bondade, e tão profundas quanto a sua ingenuidade, mas é que doi como dor grande que é ver-te assim, presa em prisão sem grade como diziam sabiamente os nortistas. Essa dor é tanta que ofusca tudo o você é hoje, linda jovem, inteligentemente sagaz e etc... Mas não consigo escrever isso tudo, pois, sei que o amanha logo vai chegar e o tempo a galope chega cedo demais. E ai será mais doida essa dor por que vai mostrar a princesa de hoje como a mulher de certo infeliz de amanha. Como disse o tempo vem como vento que sopra sem se quer sentir e quando se ve ele já levou tudo que se teve, seja em graça ou em dor ele vai levar.
Talvez então seja ele, o tempo, que vai levar de mim essa dor doida que sinto de ti pois quem sabe vou me conformar, que mulher tão bela assim e tão inteligente ficou no passado, distante hoje a me olhar.

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