segunda-feira, 29 de junho de 2009

Shöne Frau.

É curioso o fato de que de tempos em tempos nós, nos deparamos com seres humanos brilhantes, que carregam em seu cerne o verdadeiro significado existente do substantivo gênio. Tal substantivo está a quem do julgamento cruel dos mortais, que culpa, aponta, ridiculariza e que inveja o altíssimo grau de capacidade criadora, em qual quer sentido, do gênio em questão.
Tal capacidade advém de vasto conhecimento cultural, intelectual e empírico que esse brilhante ser humano carrega, é de se lembrar que não deve-se confundir cultura com conhecimento ou educação, e muito menos, riqueza financeira com a habilidade genial, pois veja, o gênio não nasce preto, branco, amarelo ou vermeho, rico ou miserável, feio ou bonito o sujeito gênio não possui nacionalidade a não ser a identidade de ser Ser Humano, ser humano, ser humano e gênio.
Habilmente o gênio transforma sua vida, suas experiências e dificuldades, em "coisas geniais" de forma tão leve, simples e fulgurante que nos faz desejar, ser ou fazer tais "coisas geniais", mas ao nos depararmos com a ausência da genialidade tão presente em outros, nos frustramos e em geral atacamos a genial leveza deste ser ou então a adoramos de forma religiosamente cega.
Mas certa vez, um gênio disse: "Mais vale a eminência própria do que a herdada".(Sergio Buarque de Holanda) Por isso meus caros, digo que de nada vale a herança genial que conhecemos, sabemos e vangloriamos ou "em vão gloriamos" se não buscarmos a nossa própria capacidade criadora. Não deixe que as pessoas, a sociedade, a tv ou quem quer que seja mine a capacidade criadora que existe no ser humano, capacidade que em alguns manifesta-se de forma mais evidente e em outros menos, mas ela existe e precisa ser constantemente massageada e provocada, do contrario ela definha, fica pequena e aos poucos morre. Lembro agora que o potencial criativo não necessariamente sempre, em qual quer um, é sinônimo de genialidade, mas é o caminho para uma vida prazerosa, inteligentemente criativa e harmoniosa. Pois dai, quem sabe até o substantivo gênio não venha fazer parte dessas criações.
E por fim, poderia dizer o grande nome de dezenas ou até centenas de gênios vivos ou já postos, mas não vou citar aqui esses tais que viveram no passado ou viverão no futuro, quero com esse texto apenas incitar gênios presentes.

domingo, 28 de junho de 2009

O passado

Não, este texto não tem absolutamente nada relacionado ao filme do Babenco.

Quero falar sobre o passado, mas não simplesmente abordar a questão temporal "passado/presente/futuro", quero ir além disso.

Estava pensando sobre o quanto as pessoas falam sobre a tal capacidade de mudar a própria vida. "Mudar o futuro".

- Faça as coisas de forma diferente! É você quem escolhe seus caminhos!
- Mude seus hábitos, coma melhor, saia mais, saia menos.
- Use filtro solar (bleeh)

Quando nós resolvemos pensar no futuro, geralmente a atitude mais comum é, de fato, analisar o presente.

Até aqui tudo parece lógico.

Esta conexão presente-futuro é quase tão óbvia quanto a passado-presente, quando se diz que nós somos um produto de tudo o que vivemos.

Somos, portanto, fruto do nosso passado. Mas será que é só isso?

O motivo que me leva a esta reflexão é perceber que o passado é sempre visto como algo "imutável":

- O que passou, passou.
- Não adianta chorar pelo leite derramado.

Hoje entendi que ao contrário do senso comum, o passado é exatamente o mais "mutável" de todos os tempos. É quase um mutante, visto a quantidade de vezes que nós o alteramos durante a vida.

Percebi que conforme a vida passa, o presente acontece e o futuro chega, o passado se modifica de forma impressionante.

O modo como eu vejo coisas que aconteceram, pessoas que passaram por mim, situações, momentos, muda muito a cada dia que passa.

Aquela que era tão "dispensável", hoje eu vejo como carinho, como amor.

Aquilo que parecia amor, hoje eu vejo como uma simples etapa.

O momento que era desesperador, insuportável, hoje eu considero o mais importante.

Nós vivemos o presente, sonhamos com o futuro, mas na prática tudo o que realmente acontece, a nossa verdadeira evolução, é entender o sentido do passado.

Conforme o tempo passa e os sentimentos se acalmam, quando você não sofre mais, não delira mais de paixão, de dor ou de ódio, a vida nos dá a oportunidade de olhar para trás e conseguir, de fato, separar o "joio do trigo".

Muitas vezes não somos capazes de dar valor a uma coisa que temos no presente. Isto é normal. Mas se um dia o futuro chegar e você olhar para trás e perceber que o passado mudou?

E você, enfim, perceber que aquilo que não tinha valor, era a coisa mais valiosa que já teve?

Há várias formas de lidar com isso. A mais comum é a daqueles que consideram o passado "um bloco de concreto" (ok, aqui eu citei o filme do Babenco). Olham para trás com nostalgia, tristeza, saudosismo.

Os membros mais otimistas do time do "passado de concreto" talvez digam que mesmo esta conclusão sendo triste, devemos seguir em frente, já que isso somehow foi importante para que nos tornássemos quem somos.

Se a idéia é desconstruir, então quero fazer o contrário. Perceber que eu precisei do futuro para ser capaz de dar o real valor a algumas coisas e pessoas do passado, e entender tudo isso como um sinal de que o presente é, portanto, o melhor momento de lutar por isto tudo.

O que eu proponho é que nós não fiquemos presos unicamente à abordagem clássica de que o tempo trás sempre coisas novas, de que devemos sempre olhar para frente.

Às vezes é muito mais lógico buscar o futuro no passado, do que viver confiando no tempo como o "senhor de tudo" e esperando o futuro virar, novamente, passado.

Se aqui há uma construção da desconstrução. Neste texto quis mostrar que também é possível desconstruir construindo, só que de forma diferente.

E tudo isso porque hoje senti falta do sol do Central Park, do cachecol listrado, do sorriso na lua, dos porquinhos... Daquilo que já foi.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Intenção das atitudes, por Bruno Perrella.

Intenção das atitudes.
(por Bruno Perrella)

Não são todas as pessoas que ficam procurando razões para as ações das pessoas. Entretanto, infelizmente, ou melhor, felizmente, eu sou uma dessas pessoas. Pessoas assim são pessoas que buscam uma visão estratégica sobre todos os fatos, e mais, buscam fazer certas previsões baseadas nessas prerrogativas.
Baseado nisso que eu escrevo este texto, buscando entender quais as reais intenções das atitudes. Uma pessoa pode ter 3 estilos de atuação:
- Imperativo Categórico
- Imperativo Hipotético
- Sem Imperativos.
Na primeira, você analisa as ações das pessoas como sendo sem esperar algo em troca. Ou seja, eu abri a porta para meu presidente passar, simplesmente porque sou educado.
Na segunda, você analisa as ações das pessoas acreditando que elas estão esperando algo em troca, ou seja uma reação. Eu abri a porta para meu presidente passar, porque acho que isso somaria pontos para uma futura promoção.
Na ultima você simplesmente abre a porta.

Analisar um fato quando ele acaba de acontecer é algo extremamente difícil, pois é algo recente e ainda não se é possível compreender a cadeia de reações, para que você possa entender a verdadeira intenção. Mas é o Caso mais comum.

Problema dessa mania: Completamente suscetível ao erro.

Uma vez que você parte de idéias sem muitos fundamentos, que na verdade são percepções, ou interpretações, você está completamente vulnerável a errar, pois a linha entre os Imperativos é muito tênue.
Uma forma para se “burlar” o erro, é a comunicação. Sempre propondo discussão sobre os fatos, abre-se a gama de entendimento e de interpretação, trazendo novas cartas ao jogo.
Mas de verdade, o problema de verdade é que nem a pessoa que fez o fato sabe nitidamente do Imperativo que a levou fazer. Por exemplo, a rotina é tão intensa, a insônia, a correria, faz com que eu abra a porta sem nem perceber se meu presidente estava passando, se era outra pessoa, porque simplesmente eu estava abrindo a porta já, para mim!
Então, se é difícil para a própria pessoa entender suas atitudes, imagine para um terceiro interpretar.
Outro erro é se tornar maquiavélico. Que Maquiavel me perdoe por estar usando seu nome, mas a prática dessa situação leva a uma espécie de “naturalismo interpretacional” (palavra minha), onde se analisa todas as atitudes, sem controle, simplesmente analisando as intenções das pessoas para todas as ações que acontecem. E Cada vez que isso acontece, mais realista (no mau sentido da palavra) você é capaz de ficar. Ou seja, quanto mais você buscar analisar os fatos, mais realista você fica, pois sua cabeça vai longe e faz conexões improváveis, mas como você está se baseando em um caminho de lógica e empírico, você acredita. E ai vem o ceticismo. E dessa forma, na próxima vez que você analisar algum fato, analisará pensando no Imperativo Hipotético e só.
Isso cega o analista, e tira a credibilidade de sua analise. Principalmente, quando se analisa uma pessoa que teve boas intenções, mas é avaliada por más lentes.

E é nesse ponto que eu queria chegar, para ligar com o “amor” tanto falado neste blog (http://aconstrucaodadesconstrucao.blogspot.com/). Para o verdadeiro amor, e isso pode ser incorporado a verdadeira amizade, quando se faz uma analise, não se consegue analisar através de más lentes, compreendendo o Imperativo Hipotetico nas ações da pessoa amada que afetem você. Ou seja, você percebe que a pessoa age sem intenções, e isso gera confiança que cresce na medida em que mais ações desse tipo são produzidas. Por isso, talvez, essa saga da procura de um grande amor, se conduz ao erro por um erro de analise.
Quando nós amamos, nós (não só) não conseguimos, mas também não podemos analisar com maus olhos. Simplesmente não conseguimos. E por isso você não analisa mais, porque vê que a probabilidade de erro é enormemente maior do que a de acerto, e para aquela pessoa a sua lógica é errada.

Dessa maneira quando você busca “colocar a cabeça no travesseiro e não ter que pensar em ninguém”, será que você:
-não quer a cobrança de ter que pensar em alguém?
-não quer mais analisar aquela pessoa?

Não acredito que a pessoa que você pensar é a que você ama, E isso não é uma regra. Porque o verdadeiro amor, acredito eu, as cobranças devem ser mínimas. Até porque cada um deve saber sua parte. E a partir disso, você tem o livre arbítrio de pensar ou não na pessoa quando colocar a cabeça no travesseiro, contanto que seja a pessoa que te faz sorrir.
Só isso importa: a Felicidade.

E para terminar com o mesmo poeta que o Marcone citou, abro para uma discussão futura “tristeza não tem fim, felicidade”, ou seja, somos por natureza tristes e temos somente alguns momentos de alegria?

junho/2009

segunda-feira, 1 de junho de 2009

I GOT YOUR BACK, love.

Vou para o centro.

Estava ouvindo o DVD do John Mayer e, entre uma música e outra, ele conversou com a platéia sobre o amor:

"I've tried every approach to life.
I bought a bunch of stuff. and was like, nah.
That's not it.
Thought I'd shut myself off. Maybe that’s cool.
Maybe that’s what you have to do to be a genius, you have to be mad.
If you get the word 'mad' from the word 'genius' then maybe you'd make the genius appear.
But that doesn’t work either.
What I'm trying to say is I've messed with all the approaches except for one.

and that’s just love.

I've done everything in my life that I want to do except just give and receive real love.
I don't mean like a Roman Candle fireworks, Hollywood, hot pink love.
I mean like no matter what, I got your back love.
I don't need to hear I love you.

Some of the people who say they love you, are the last to have your back.

So I’m going to experiment with this love thing..."

Eu sou crítico destes quotes gigantes, de coisas que não são necessariamente minhas, mas neste caso eu achei importante.

Falo sobre o amor e pareço crítico, cético. De fato o amor existe, mas é diferente do que se acredita.

Quando escrevo sobre este sentimento, que de tão abstrato parece simples, é simplesmente pelo fato de eu ter SEDE de um tipo de amor que vá além do "Roman Candle fireworks, Hollywood, hot pink love", que é só o que eu tive durante toda a minha (não tão longa) vida.

O que me perturba é a falta deste I GOT YOUR BACK love. Quando Hollywood e afins tentam nos fazer acreditar na existência única e absoluta deste amor cor de rosa, eles só nos vendem a mentira. E nós compramos.

Eu repito sem medo: se a verdade está presente em algum sentimento, não está no amor. Só que isso não descredencia o amor.

O amor que procuro não é o aquele em que "haja a verdade, somente a verdade, nada mais que a verdade". O grande objetivo destes textos, deste espaço, é exatamente mostrar que a "verdade", ou os argumentos, são sempre múltiplos, daí a "construção da desconstrução".

A verdade está no tudo e no nada, sempre.

O que eu procuro é este incondicionável "I got your back love". O amor que não nos leva a verdade, mesmo porquê a verdade não existe. É o amor que nos leve à paz.

As pessoas falam de amor e sempre dizem "em quem você pensa quando coloca a cabeça no travesseiro?? é esta pessoa que você ama!!"

Eu quero um amor que me permita colocar a cabeça no travesseiro e não ter que pensar em ninguem.

Embriaguês.


De fato bebo, mas bebo por que quero, gosto e adoro!
Quero beber por que o gosto gelado, quente, doçe ou salgado de cada gole de cerveja, vinho e etc, esconde um prazer que me aproxima e me faz beirar a eternidade, não importa ao lado de quem eu esteja.
Gosto de beber, pois, as palavras proclamadas por mim após cada momento de eternidade ecoam nas paredes escuras da própria eternidade.
Adoro beber quando estou entre amigos e amadas, pelo complexo fato de unir todos os sentimentos: o querer o gostar e o adorar em um só momento que a bebida há de eternizar.
Coitado de quem bebe para esquecer; esse age como o próprio cão que corre atrás do próprio rabo, em busca de algo impossível de alcançar que é o fato de esquecer algo que faz parte dele mesmo. O máximo que a pessoa que faz isso pode conseguir é divertir os outros assim como um cão diverte as pessoas ao correr atrás do próprio rabo, ou chatear a todos por não ter conseguido alcançar o que queria.
A bebida/embriagues é altruísta e coitado de quem a usa de forma individual e egoísta.
Até quem bebe sozinho sabendo do poder mágico que existe na embriagues não bebe sozinho pois dialoga com si próprio.
Se eu pudesse, e vou doar um conselho a alguem, neste aspecto, seria: "Beba sempre para eternizar algo, momento ou sentimento, mas nunca para buscar ou encontrar moradia no esquecimento".
Mais infeliz ainda é aquele que não bebe ou que não sabe beber ou mau usa a bebida para quebrar a "mágica" que existe em quem sabe ou quer aprender o encanto de beber e o poder que existe na embriagues, esses infelizes como dizia o poeta "não vão ter perdão".

Saiu ontem nos jornais:"O amor existe"

Em ideias curtas os jornais diziam:

Nada existe sem o amor.
O conceito ocidentalizado, ou melhor, "Americanizado" sobre o amor, que o define como aquela coisa mágica e linda dos contos de fada onde duas pessoas sempre lindas, se amam e são ricas ou ao menos uma delas é, e que no final vivem felizes para sempre. Quem procura esse conceito de "amor" está definitivamente fadado a não encontra-lo, a não ser, em uma visita aos estúdios disney ou hollywoodanos espalhados pelo mundo.
O que é de deixar qual quer um furioso é saber como pode alguem diminuir tanto o maior e mais importante de todos os sentimentos, O AMOR.
O amor é muito, mas muito maior que isso que nos tentam empurrar guéla abaixo, o amor é muito mais completo, muito mais feliz, e muito mais complexo. O amor está em tudo, inclusive no relacionamento "amoroso" entre duas pessoas, o amor está na amizade, na familia, no ódio, na inveja, na doença, na saúde, na felicidade, na tristeza, o amor está na terra, no céu, no ar e no mar.
O amor deve estar no passado, no presente e no futuro, ele está no inspirar e no espirar e se você olhar bem e não achar amor em nada disso, ai meu caro volte e continue procurando até achar, pois, a vida não vale de nada sem o amor nas grandes ou pequenas coisas.

"Dizer que o amor não existe é como dizer que o céu não é azul. De fato o céu pode mudar de cor, mas ele sempre que você quiser vai ser azul."