quarta-feira, 11 de maio de 2011

Cotidiano

A verdade é que a rotina que nos prende diariamente confunde a alma, não podemos diagnosticar o problema, pois não enxergamos, somos pessoalmente confundidos com o desdém e a falta de tempo para curtir um pouco mais de nós mesmos. É ridículo especular o cotidiano, pois todos os dias são diferentes com rotinas iguais. O que mostra cada passo condicionado e tímido que não se desprende de segurança e uma vida medíocre.

“Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã...”

sábado, 2 de outubro de 2010

Sinto

Fale com o coração, fale com a alma.

A maior dificuldade em escrever é romper a barreira daquilo que é superficial, que pouco afeta, aquilo que não é real.

Não quero forjar sentimentos, nem cair no erro comum de tentar forçar a poesia.

Mas eu sinto, muito.

E é um misto de incerteza, de insegurança, medo e paixão.

Se de todas as ânsias incontrolaveis e doentias que eu tenho, eu pudesse, como num tribunal, absolver uma, seria a ânsia de amar.

Mas curiosamente, não há nada mais assustador para mim do que perceber o início de uma paixão.

Como um esfomeado eu corro, e tento me esbaldar neste prato que deveria ser cuidadosamente apreciado, sentido.

O gosto que fica na minha boca é um misto do prazer pela satisfação momentânea e do medo de azedar a comida com minha angústia e descontrole, de quem há tempos desaprendeu a comer.

Eu, que sempre justifiquei minha solidão na inexistência de amores que compensassem, ou na minha incapacidade de conquistá-los, caí na desgraça de encontrá-lo.

E agora, irônicamente, meu maior desejo é poder, neste mesmo tribunal, me render.

Olhar nos teus olhos e confessar:

Eu sinto muito, mas não sei mais amar.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Noite clara

Quando me vi
Tendo de viver
Comigo apenas e com o mundo
Você me veio como um sonho bom
E eu me assustei,
Não sou perfeito.

A riqueza que nós temos,
ninguém consegue perceber,
e de pensar nisso tudo
eu, homem feito,
tive medo
e não consegui dormir.

sábado, 10 de julho de 2010

A "visão poética"

Com toda a licença a meu grande amigo Marcone, mas vou desenvolver aqui uma ideia que ele me apresentou uma certa vez.

Estavámos em um bar em São Paulo quando Marcone me apresentou o conceito da “visão poética”, usando de exemplo uma garota que estava sentada na frente do espelho, e ele me comentou que a tal garota era horrível na primeira visão real, entretanto sua posição perante o espelho refletia uma imagem apaixonante, e que ele se sentiu atraido a aquela garota, justamente por sua imagem sedutora, ainda que não condizia com o real.

E isso me fez pensar.

Acredito que o que diferencia um poeta de outro homem são dois fatos: prática e visão poética. Qualquer um pode escrever qualquer coisa, e no ínicio tenha certeza que vai ser horrivel. Pode ser que não rime e pode ser que não faça sentido. O que vale neste momento a persistência e a prática, porque com o tempo as arestas vão sendo ajustadas e os versos vão se encaixando com mais facilidade, as palavras aparecem com mais clareza, e a vontade de escrever incentiva o homem comum. Quanto mais se escreve mais natural fica, mais fácil fica. A diferença de um homem para o poeta é que este ultimo continuou tentando, e aprendendo, e errado, e tentando e acertando.

Ligado a este tema, este homem desenvolve uma maneira única de ver os acontecimentos cotidianos, ou seja, desenvolve uma visão romantizada. E isso foi chamado por nós de “visão poética”, quando o escritor procura nos fatos do dia a dia, cenas que possam render algum verso, ou acontecimentos que lhe chame a atenção. Mas não é simplesmente assistir o fato, porque muitas vezes não há o fato em si, contudo, o importante é prestar atenção em cada parte, em cada movimento e, de uma forma romantizada, conseguir recontar.

O homem comum ve a moça do espelho e pronto. Talvez comente sua feiúra e só. Mas o homem com sua visão poética ve a moça do espelho e além, ve as diferenças, as semelhanças e tenta desvendar os sonhos dela. Este homem ao andar de onibus presta atenção nas pessoas que o rodeia, e investiga mentalmente qual será a novela de vida que cada um possui. E assim, o poeta transforma isso em palavras, e com a prática faz rimar.

Pode parecer que não existe, mas isso acontece de uma forma tão natural que é quase imperceptivel.

Perguntaram a Tom Jobim sobre as mulheres que ele escrevia em suas músicas, e sua respsota foi que não chegou a conhecer todas elas. Umas eram suas amigas, outras eram sua própria esposa, outras ele nunca chegou a conhecer, outra ele viu a personagem na novela...

Portanto, o que vale é a paciencia e a persistencia. A tranquilidade de se observar atentamente aos fatos cotidianos e tendar dar a eles uma remontagem diferente, com mais humor, com mais amor.

*inicialmente publicado no site: http://brunoperrella.blogspot.com/

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O amor

O amor, meu amor, não se supera. No máximo, se suprime.
E amor suprimido é tristeza, ódio, dor.
Muitas pessoas passam a vida em busca, mas nunca encontram um grande amor;
E tentam, em vão, ver poesia na pétala, no caule, sem entender a beleza de uma flor.
Mas, meu amor, ainda mais triste do que aquele que nunca conseguiu amar;
É aquele que já amou a alguém e, mesmo assim, não aprendeu a amar o amor.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A quem é parte de mim.

Começo com um pedido de perdão a todos vocês. Perdão!

Pois a vida assim como o tempo, não para, e segue e passa e traça caminhos que nem sempre gostaríamos de trilhar, nos afastamos ou se quer nos aproximamos o tanto quanto gostaríamos ou deveríamos nos aproximar das pessoas que admiramos. Tenho observado ultimamente que as trilhas que vão se formando involuntariamente no decorrer das nossas vidas podem se torna agradáveis ou não, quem determina isso são as pessoas e as vidas que deixamos ou não, que façam parte de nós.

Acredito piamente que a essência da vida está na energia que carregamos e que nos dada pela natureza. Essa energia é a soma de fragmentos da existência de cada uma das pessoas que tivemos contato. Digo isso, pois nessa festa de formatura tive a oportunidade de conhecer os pais, familiares e amigos de quem eu ainda não havia conhecido. O engraçado é perceber como as pessoas são fragmentos ou pequenos pedaços somados de todas as pessoas que as influenciaram. Fiquei encantado com a doçura e a alegria que muitos desses parentes carregam e mostraram neste dia de formatura, e tenho certeza que isso faz parte do dia a dia dessas pessoas.

O quero dizer com tudo isso? É que assim como carrego comigo parte de meus pais e familiares, cada um de vocês está dentro mim, não como pessoas queridas, mas sim como eu mesmo, Marcone, pois, sem a influencia de cada um de vocês eu não seria quem eu sou e não trilharia de forma tão gostosa o caminho que a vida me apresentou. A faculdade foi, ou melhor, é o período em que mais recebi pessoas dentro de mim do que em toda minha vida. Agradeço a todos os professores e a todos vocês pela disposição em participar de minha vida.

Por mais diferente que seja a trilha que vamos seguir, saibam todos vocês que por estarem dentro de mim terão sempre a minha gratidão e meu respeito, por isso CONTEM SEMPRE COMIGO.

E muito, muito obrigado.

Marcone.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Desabafo sobre um fato lamentavel.

Olá Milton,

Meu nome é Marcone Vinicius Moraes de Souza, tenho 23 anos, sou formado em Relações Internacionais e faço especialização em macroeconomia na FGV.
Hoje por volta das 13:30 fui acompanhar minha mãe, dona Rute, até a agencia bancaria do Banco do Brasil, que fica situada no centro de SP na rua 7 de abril. Nesta agencia estão as contas jurídicas de nossas empresas. Ao chegar à agencia: fui ao caixa eletrônico retirar um extrato de minha conta enquanto ela, Dona Rute, adentrou na mesma para falar com o gerente de sua conta.
Após ter retirado o eu extrato fui tentar entrar na agencia para encontrar dona Rute e o gerente. Como de costume, naquela agencia, fui barrado na porta detectora de metais. Retirei os objetos que carregava (uma carteira, 2 celulares e as chaves do meu escritório). Tentei entrar de novo, e novamente fui barrado. O segurança (que estava dentro da agencia) me perguntou se eu carregava mais algum objeto de metal, eu respondi que não (Detalhe: eu estava de bermuda, tênis, e camiseta, hoje é meu dia de folga). Então o outro segurança (que tambem estava dentro da agencia) me sugeriu que eu retirasse o meu cinto. Após seguir a instrução do segurança e tirar o cinto fui tentar entrar mais umas vez e a porta me barrou novamente. Argumentei com o segurança que precisava falar com o gerente que estava dentro da agencia junto com dona Rute, minha mãe. O segurança disse que não podia fazer nada, nem procurar o gerente e que eu não poderia entrar enquanto a porta detectora de metais não liberasse minha entrada.
Impaciente mas sem faltar o respeito com os seguranças, eu simplesmente abaixei minhas calças, já sem cinto, levantei minha camiseta (ficando só de cueca e com as calças arriadas e a camiseta presa em meu pescoço) tentando assim entrar mais uma vez, e incrivelmente nessa tentativa a porta não me barrou. Alguns clientes, dentro e fora da agencia, riram mas se solidarizaram com minha situação, já que dois clientes disseram que haviam passado por situações parecidas com a minha em outros momentos.

Dentro da agencia ao encontrar dona Rute, a gerente Telma gentilmente tentou me explicar o inexplicável.

Confesso que me senti constrangido e P... da vida, mas fiquei mesmo profundamente magoado com a forma que somos tratados pelas instituições que escolhemos para que "zelem" pelo nosso dinheiro. Os seguranças eram funcionarios tercerizados e visivelmente sem preparo algum para efetuar o serviço que lhes foi porposto. Entendo que os bancos devem dificultar o acesso dos bandidos, mas até que ponto isso vai !? Já ouvi dizer que em alguns bancos seguranças escolhem quem devem ou não barrar com um controle.

Então fiquei com algumas duvidas: se eu estivesse vestido como em um dia comum de trabalho; calça social, camisa e sapato será que eu seria barrado? E as pessoas que sempre vejo perto do meu escritório; aquela senhora de cabelos grisalhos que sempre carrega a bolsa e uma sacola com suas coisas, será que ela porta uma arma dentro da sacola? Será que ela seria barrada? E aquele senhor que tem uma distribuidora de bebidas que está sempre mal vestido, será que ele seria barrado? Será ?

Perdoe meus erros de português (pois ainda estou um tanto nervoso) e esse meu desabafo sincero de um cidadão que quer uma cidade melhor, com uma qualidade de vida um pouco melhor e que deseja profundamente que fatos lamentáveis como esse não aconteçam com dona Rute, com o dono da distribuidora de bebidas, com a "Senhorinha" que anda sempre com sua sacola, comigo e com mais ninguém que possui conta em qual quer banco.

Registrei este fato a ouvidora do Banco Brasil e ao Banco Central.

domingo, 6 de dezembro de 2009

A anos não te vejo, assim.

Durante anos perdi aos poucos o que nunca tive, mas assim como a ansiedade que precede a intenção, ela voltou e descobri que a tolice presente em suas mágoas nos afastou e nos afasta do que o tempo faz questão de guardar. Sinto-me como um cego, que pode ouvir, tocar, cheirar mas não pode ver a quem está tão distante assim. Meu intento neste exato momento é sentir sua voz, beijar seu riso, tocar seus lábios, calar e ouvir seus suspiros, mas o medo do presente fez esquecer o caminho que o passado insiste em lembrar, assim como uma trilha que o futuro por tantas vezes pode traçar. Por causa disso, saio por ai calado, atento e aceitando qual quer consenso, para quem sabe assim sentir você mais perto de mim.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A não-poesia

Na boa, não vou ser nada poético e nem culto nesta mensagem.

Meu desejo, sincero é que grande parte desta sociedade vá tomar no cú. E não há nada de poético nisso.

Quero mandar um sonoro "vai se fuder" para todas as pessoas que consomem as outras pelo bel-prazer.

Quero mandar um "vai para a puta que o pariu" para todos aqueles que acham que tem o direito de brincar com a vida dos outros como se fosse a sua.

Quero mandar um "vai para o inferno" para aqueles que não têm idéia do significado da palavra respeito.

A realidade é que quanto mais o tempo passa, mas o meu nojo por determinadas atitudes de algumas pessoas me consome.

A única parte boa neste processo é que eu, que sempre fui absurdamente auto-destrutivo, venho aprendendo que a melhor forma de você aprender a se amar é observando o quanto as outras pessoas são pequenas em comparação a você.

Que todos aqueles que se identificam com algo nesta mensagem, enfiem o teclado no cú e tentem apertar Ctrl+ alt + del, quem sabe assim vocês não travam o sistema todo.

Esta foi a poesia de hoje.

sábado, 19 de setembro de 2009

Não me note, passe por mim e nunca mais volte.

Depois de muito pensar decidi: seguir as orientações, criadas por mim tambem, desse blog e não copiar os textos que muito quero dividir com vocês.
Vou dizer um pouco mais, ou melhor, um pouco menos do que disse Fernando Pessoa, homem que me faz visitar um orgulho raro hoje em dia que nunca eu havia me orgulhado antes, que é ter recebido tão importante e fundamental influencia de nossa nação mãe Portugal. Seria pretensão demais eu querer escrever, nem que seja um pouco, mas escrever mais que Fernando é dificil que sá impossível, homem brilhante que foi, deito-me sob sua genialidade e deixo aqui alem dessas duas dicas, dois poemas de Fernados que eram Alvaro, Alberto, Ricardo e outros. Por isso leiam "Poema em linha reta", e "Ultimatum", que Maria Bethania modificou de forma atual e sagaz a realidade brasileira. Os dois são muito bons.

Bem tudo isso foi para quem queira perceber e acompanhar o motivo deste meu devaneio social.


Quero que se vão todos os que se sentem menores,
Quero que se vão todos os que acham que vivem em vão,
Quero que se vão aqueles, senhores da prepotência,
Quero que se vão os que deixam escorrer no canto da boca a baba fétida da arrogancia
Quero que se vão todos os que dizem a verdade mas estão mergulhados em mentiras
Quero que se vão os cansados e os que se entregaram a morte que vive na vida.
Quero que se vão os burgueses casuais que vivem em todas as classes sociais.
Quero que se vão para longe de mim, passem sem nem oi me dar,
Quero que se vão para longe do mundo, já tão cansado dos que aqui estão.
Quero que se vão para bem longe antes que acabem com o pouco de bom residente aqui.

Nunca sei se esta oração afastará os que quero tanto que se vão.
Não sei se esta corja de mal feitores um dia daqui sairão,
Estão sempre impregnados como mancha de vinho em roupa nova,
Como suor que insiste em transpirar em um corpo cansado de tanto se banhar,
Deputados, Senadores, Presidentes, Políticos, são sua principal e mais "digna" profissão.
também são amigos, namorados, amantes, colegas, pessoas comuns no dia a dia,
As quais trocamos palavras, gestos e olhares os quais nos enojam, nos fere,
Doi saber, ouvir ou encontrar algum desses que tanto quero que se vão.
Por isso faço desta oração uma praga para que estes não me notem, passem por mim e nunca mais voltem
E que nunca sejam usurpadores de minha alma ou de meus amigos e de minha familia.

Estejam longe espíritos de pequena alma,
Estejam longe espíritos que rastejam em busca de glória,
Estejam longe pessoas providas do pudor que já não cabe mais no espaço do ser cretino,
Estejam longe infelizes que não tenham consigo o dom do bom senso,
Estejam longe os que tropeçam em bons e seguem a lamentar a desgraça do tropeçar,
Estejam longe os cegos que não enxergam e nunca serão capaz de ver nada alem de tolos desejos,
Estejam longe os que falam de amor sem nunca se dar ao próprio amor próprio,
Estejam longe futuros, perfeitos invencíveis, vitoriosos que nunca perderam,
Estejam longe os que sonham com riquezas físicas findas e infelizes.
Estejam longe corações vazios, que batem para manter vivo o corpo morto e já mal cheiroso,
Estejam longe todos vocês que se identificam com tais orações.
Vai ti embora, xô, some-ti daqui
Paciencia já não me sobrou mais
Por isso quero que se vão, estajam longe de mim.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Que alegria que você ta fleiz

Amigo1: Que alegria que você ta fleiz
Amigo2: É, essa é a felicidade sem fim, ou melhor hoje vivo uma felicidade sem fim.
Amigo1: Mas que alegria que você ta fleiz
Amigo2: Sinto que é sem fim, não por ela, mas por mim.
1: Mas que alegria que você ta fleiz
2: É como a vida, que só é de fato vivida pois, não sabemos quanto ela vai durar.
1: Mas que alegria que você ta fleiz
2: É assim que estou feliz, intensamente inconsequente.
1: Mas então e amnha?
2: Amanha? hoje eu estou feliz certo!
1: Certo, e que alegria que você ta fleiz, eu acho.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Um sentimento que me intriga é a gratidão, não sei bem ao certo o que as pessoas acham o que é ser grato, ou melhor, o que é carregar a gratidão dentro de si.
Ser grato é como uma devoção, a gratidão não está apenas a amigos ou marido e mulher ou entre familia, a gratidão está tambem ao inimigo, ao desafeto

Opá já já termino meu pensamento tenho q sair

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Estou Pronto.

Como dizia o Grande Poeta Vinicius de Moraes.
"Mas tudo isso não adianta nada se nesta selva escura e desvairada
Não se souber achar a grande amada para viver um grande amor"

Isso posto parto do fato de que não é fácil achar a grande amada, pois tal achado demora tempos, anos ou até há quem nunca encontre a grande amada para viver um Grande amor.
Há tambem quem viva enganado, achando que achou o achado, mas na verdade fica durante anos se enganando ou sendo enganado. Há tambem aquele que dá a imensa sorte de achar durante a vida mais de uma grande amada, e vivem amando os amores que vive. Mas estou aqui não para falar de outros, mas sim para falar e dividir um pouco de mim mesmo.
Por isso digo que hoje:
"Estou pronto para amar,
Sei porem que minha experiência
Pode de alguma forma lhe assustar"
Mas como diz Jorge. "Não se ofenda com meus amores de antes, pois, todos tornaram-se ponte pra que eu chegasse a você"

E volto a dizer:
"Mas deixe disso meu bem
Deite em meu peito e deixe eu amar
Seu olhos, sua simpatia e vem"
E como dizia o Poeta. "Ah, minha amada de olhos ateus que cria a esperança nos olhos meus"

O por isso volto a dizer que:
"Os poetas já ensinarão que
dor é sinônimo de saudade e
Saudade é sinônimo de amor e
Amor é sinônimos de vida.
E vida bem vivida."
E como dizia Luiz. "Amor é fogo que arde sem se ver; é ferida que dói e não se sente; é um contentamento descontente; é dor que desatina sem doer."

E ai então reforço:
"Tudo que tenho já é seu, meu corpo
Meus amores meus medos, vitórias
Derrotas, certezas, brincadeiras e verdades,
Meu mundo já é seu, inteirinho seu."
Justifico isso com o que Powell e Moraes falaram: "Eu sem você não tenho porquê, porque sem você não sei nem chorar, sou chama sem luz, jardim sem luar, luar sem amor, amor sem se dar, eu sem você sou só desamor, um barco sem mar, um campo sem flor, por que sem você, meu amor, eu não sou ninguém."

Então depois disso vou finalizar dizendo que:
"Garantias nem palavras eu vou lhe dar,
A não ser a clareza dos meus sentimentos
Em um instante de meu olhar.
De forma alguma eu quero lhe magoar,
Por isso não vou a nada lhe obrigar,
Mas tenha a certeza de que
Eu estou pronto para amar."

E esse ultimo verso sem comentário algum, digo somente que Estou pronto pra Amar.

sábado, 8 de agosto de 2009

Isso doi tambem.

A dor que mais doi em grandeza de dor, depois da saudade e da desilusão, é a dor de ver alguem que foi ou é ceifado, podado, castrado de seu potencial criativo.
De que vale o ar que passa pelos pulmões, tão bem criados pela natureza sobre ordenação de um deus qual quer, se esse ar não seja intitulado como o ar da liberdade, o ar da graça em poder viver a intenção de saber que a vida é finita.
Eu queria escrever sobre você coisas tão lindas quanto a sua bondade, e tão profundas quanto a sua ingenuidade, mas é que doi como dor grande que é ver-te assim, presa em prisão sem grade como diziam sabiamente os nortistas. Essa dor é tanta que ofusca tudo o você é hoje, linda jovem, inteligentemente sagaz e etc... Mas não consigo escrever isso tudo, pois, sei que o amanha logo vai chegar e o tempo a galope chega cedo demais. E ai será mais doida essa dor por que vai mostrar a princesa de hoje como a mulher de certo infeliz de amanha. Como disse o tempo vem como vento que sopra sem se quer sentir e quando se ve ele já levou tudo que se teve, seja em graça ou em dor ele vai levar.
Talvez então seja ele, o tempo, que vai levar de mim essa dor doida que sinto de ti pois quem sabe vou me conformar, que mulher tão bela assim e tão inteligente ficou no passado, distante hoje a me olhar.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Eu queria viver uma vida em que esta fosse a ilusão e os sonhos a realidade, pois enfim poderia conviver com a dor, a mentira, a morte e sonhar com a felicidade sem ter medo de despertar.

Quando eu acordasse, ligaria o antigo rádio e me alegraria em ouvir as notícias que nunca mudam.
Tomaria meu café, que seria fraco, pois não haveria pó, e comeria o pão velho com prazer.
Desceria o morro com calma, sem ter medo das balas dos traficantes ou de perder o ônibus das 5h15.
Chegaria na fila cedo, e não me incomodaria com a infortuna espera de cinco horas para concorrer a vaga de auxiliar na empresa de calçados que acabara de abrir no centro.
A incerteza quanto ao sucesso e a dor pelo estômago vazio não me perturbariam e iria contente buscar nos restos da feira de quarta, o alimento para o corpo cansado.
Não sofreria com os olhares desconfiados das pessoas ao ver o garoto com a roupa social improvisada revirando o que para eles é lixo, e para mim seria vida.
Atravessaria a cidade a pé, feliz pela companhia da lua que despontara no seu. Caminharia lembrando com saudade da minha família, e da forma injusta com que os pedi, mas não sentiria dor e nem tampouco revolta. A escuridão do caminho e a companhia das estrelas não me fariam ter medo da solidão que encontraria ao chegar em casa.
Subiria o morro correndo na esperança de ouvir o restinho do clássico da noite, Fla-Flu.
A derrota do Flamengo não arderia e nem mesmo os diários gritos de dor da vizinha da frente ao enfrentar a ira do marido bêbado tirariam meu humor.

Ajoelharia em frente à santa, agradecendo por mais este dia, e me prepararia para dormir e encarar a realidade.

Antes de cerrar os olhos, espiaria a lua pelo buraco da janela e abriria um leve sorriso. Enfim o dia acabara.

A noite me lembraria que por mais que o doloroso dia parecesse tão real, aquilo tudo não passava de uma ilusão, e que só bastava eu dormir para sonhar e encontrar a segurança da realidade.

E a felicidade.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Sobre a exclusão, por Bruno Perrella.

Sobre a exclusão, por Bruno Perrella.


Não existe dor pior para um ser humano do que o sentimento de exclusão. Acredito que é este sentimento que inicia os tantos outros que podemos sentir, e pode até ser pior, influenciando em nossas ações e palavras.
A exclusão pode ser explícita, física e visível, daquela em que se nota claramente o desejo do não. Não querer o outro presente, não querer que o outro opine, não querer que o outro ouça.
Mas pode ser também uma exclusão implícita, daquelas que no “sem querer” quando se viu o outro não estava presente, ou falou-se em um momento em que “sem querer” o outro não ouviu.

De tantas outras maneiras, a exclusão também pode interferir nas ações de uma pessoa, no sentido de ela ficar mais reclusa. E de tão fechada que se Põe, padece, saí pelos cantos, morre...

E é através de um inútil começo, que o fim se torna trágico. E o que poderia ser uma boa historia é transformada, justamente por causa do ato de excluir.

Quando não se sabe que está excluído é fácil: “o ignorante é mais feliz”. Mas ao descobrir, vem o desgosto e a intolerância. Vem o sentimento desentendido, pois a razão não é, e nunca é, sabida. Mas está lá, excluindo e matando.

Quisera eu viver em um mundo sem essas exclusões, onde todos fossem de fato iguais, ou mesmo que desiguais, que pelo menos todos tivessem a chance de ter alguém para conversar, jogar conversa fora. Por que através desta distração, pelo menos, o sentimento de exclusão não vem.

Talvez, mesmo que haja a exclusão, o simples fato de ouvir e falar com a pessoa ajudaria. Por que no fim das contas, as pessoas só querem atenção. Só querem ser ouvidas. Só querem ser aconselhadas.
Coisas simples que já não se tem mais tempo para fazer.


julho, 2009

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Não quero alguém.

Tenho o enorme prazer de postar, por enquanto em meu usuário, o primeiro texto (de muitos) da querida Mariana Boal.

Não quero alguém que faça tudo o que eu peço, não quero alguém que me diga apenas sim, não quero alguém que me diga apenas não, não quero alguém que esteja sempre ao meu lado, não quero alguém que viva ou morra por mim..


Quero alguém, mas não quero alguém que minta pra mim, não quero alguém que só me elogiei, não quero alguém que só me critique, não quero alguém que me prenda, não quero alguém que me deixe solta, não quero alguém que me faça pensar antes nele do que em mim, não quero alguém que me faca chorar, não quero alguém que tire meus pés do chão, não quero alguém que tire o meu chão, não quero alguém que me faça ter medo, não quero alguém que não planeje o futuro, não quero alguém que viva apenas o presente, não quero alguém que não me de ouvidos, não quero alguém que acredite em tudo que eu falo, não quero alguém que seja um modelo de parceiro, não quero alguém que me considere um modelo de mulher, não quero alguém que tente mudar o meu jeito de ser, não quero alguém que mande em mim, não quero alguém que não palpite na minha vida, não quero alguém que pense pequeno, não quero alguém esnobe, não quero alguém que apenas fale, não quero alguém que apenas haja, não quero alguém sentimental, não quero alguém racional, não quero alguém que não goste de viajar, não quero alguém que não goste de ficar em casa, não quero alguém que não goste de praia, não quero alguém que não goste de montanha, não quero alguém que deixe de me ligar, não quero alguém que me ligue a todo instante, não quero alguém que me sufoque, não quero alguém que viva do futuro, não quero alguém que viva do passado, não quero alguém que não me ame, não quero alguém que me ame demais.


Talvez eu não queira ninguém...ou talvez eu não tenha achado alguém que eu queira!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Shöne Frau.

É curioso o fato de que de tempos em tempos nós, nos deparamos com seres humanos brilhantes, que carregam em seu cerne o verdadeiro significado existente do substantivo gênio. Tal substantivo está a quem do julgamento cruel dos mortais, que culpa, aponta, ridiculariza e que inveja o altíssimo grau de capacidade criadora, em qual quer sentido, do gênio em questão.
Tal capacidade advém de vasto conhecimento cultural, intelectual e empírico que esse brilhante ser humano carrega, é de se lembrar que não deve-se confundir cultura com conhecimento ou educação, e muito menos, riqueza financeira com a habilidade genial, pois veja, o gênio não nasce preto, branco, amarelo ou vermeho, rico ou miserável, feio ou bonito o sujeito gênio não possui nacionalidade a não ser a identidade de ser Ser Humano, ser humano, ser humano e gênio.
Habilmente o gênio transforma sua vida, suas experiências e dificuldades, em "coisas geniais" de forma tão leve, simples e fulgurante que nos faz desejar, ser ou fazer tais "coisas geniais", mas ao nos depararmos com a ausência da genialidade tão presente em outros, nos frustramos e em geral atacamos a genial leveza deste ser ou então a adoramos de forma religiosamente cega.
Mas certa vez, um gênio disse: "Mais vale a eminência própria do que a herdada".(Sergio Buarque de Holanda) Por isso meus caros, digo que de nada vale a herança genial que conhecemos, sabemos e vangloriamos ou "em vão gloriamos" se não buscarmos a nossa própria capacidade criadora. Não deixe que as pessoas, a sociedade, a tv ou quem quer que seja mine a capacidade criadora que existe no ser humano, capacidade que em alguns manifesta-se de forma mais evidente e em outros menos, mas ela existe e precisa ser constantemente massageada e provocada, do contrario ela definha, fica pequena e aos poucos morre. Lembro agora que o potencial criativo não necessariamente sempre, em qual quer um, é sinônimo de genialidade, mas é o caminho para uma vida prazerosa, inteligentemente criativa e harmoniosa. Pois dai, quem sabe até o substantivo gênio não venha fazer parte dessas criações.
E por fim, poderia dizer o grande nome de dezenas ou até centenas de gênios vivos ou já postos, mas não vou citar aqui esses tais que viveram no passado ou viverão no futuro, quero com esse texto apenas incitar gênios presentes.

domingo, 28 de junho de 2009

O passado

Não, este texto não tem absolutamente nada relacionado ao filme do Babenco.

Quero falar sobre o passado, mas não simplesmente abordar a questão temporal "passado/presente/futuro", quero ir além disso.

Estava pensando sobre o quanto as pessoas falam sobre a tal capacidade de mudar a própria vida. "Mudar o futuro".

- Faça as coisas de forma diferente! É você quem escolhe seus caminhos!
- Mude seus hábitos, coma melhor, saia mais, saia menos.
- Use filtro solar (bleeh)

Quando nós resolvemos pensar no futuro, geralmente a atitude mais comum é, de fato, analisar o presente.

Até aqui tudo parece lógico.

Esta conexão presente-futuro é quase tão óbvia quanto a passado-presente, quando se diz que nós somos um produto de tudo o que vivemos.

Somos, portanto, fruto do nosso passado. Mas será que é só isso?

O motivo que me leva a esta reflexão é perceber que o passado é sempre visto como algo "imutável":

- O que passou, passou.
- Não adianta chorar pelo leite derramado.

Hoje entendi que ao contrário do senso comum, o passado é exatamente o mais "mutável" de todos os tempos. É quase um mutante, visto a quantidade de vezes que nós o alteramos durante a vida.

Percebi que conforme a vida passa, o presente acontece e o futuro chega, o passado se modifica de forma impressionante.

O modo como eu vejo coisas que aconteceram, pessoas que passaram por mim, situações, momentos, muda muito a cada dia que passa.

Aquela que era tão "dispensável", hoje eu vejo como carinho, como amor.

Aquilo que parecia amor, hoje eu vejo como uma simples etapa.

O momento que era desesperador, insuportável, hoje eu considero o mais importante.

Nós vivemos o presente, sonhamos com o futuro, mas na prática tudo o que realmente acontece, a nossa verdadeira evolução, é entender o sentido do passado.

Conforme o tempo passa e os sentimentos se acalmam, quando você não sofre mais, não delira mais de paixão, de dor ou de ódio, a vida nos dá a oportunidade de olhar para trás e conseguir, de fato, separar o "joio do trigo".

Muitas vezes não somos capazes de dar valor a uma coisa que temos no presente. Isto é normal. Mas se um dia o futuro chegar e você olhar para trás e perceber que o passado mudou?

E você, enfim, perceber que aquilo que não tinha valor, era a coisa mais valiosa que já teve?

Há várias formas de lidar com isso. A mais comum é a daqueles que consideram o passado "um bloco de concreto" (ok, aqui eu citei o filme do Babenco). Olham para trás com nostalgia, tristeza, saudosismo.

Os membros mais otimistas do time do "passado de concreto" talvez digam que mesmo esta conclusão sendo triste, devemos seguir em frente, já que isso somehow foi importante para que nos tornássemos quem somos.

Se a idéia é desconstruir, então quero fazer o contrário. Perceber que eu precisei do futuro para ser capaz de dar o real valor a algumas coisas e pessoas do passado, e entender tudo isso como um sinal de que o presente é, portanto, o melhor momento de lutar por isto tudo.

O que eu proponho é que nós não fiquemos presos unicamente à abordagem clássica de que o tempo trás sempre coisas novas, de que devemos sempre olhar para frente.

Às vezes é muito mais lógico buscar o futuro no passado, do que viver confiando no tempo como o "senhor de tudo" e esperando o futuro virar, novamente, passado.

Se aqui há uma construção da desconstrução. Neste texto quis mostrar que também é possível desconstruir construindo, só que de forma diferente.

E tudo isso porque hoje senti falta do sol do Central Park, do cachecol listrado, do sorriso na lua, dos porquinhos... Daquilo que já foi.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Intenção das atitudes, por Bruno Perrella.

Intenção das atitudes.
(por Bruno Perrella)

Não são todas as pessoas que ficam procurando razões para as ações das pessoas. Entretanto, infelizmente, ou melhor, felizmente, eu sou uma dessas pessoas. Pessoas assim são pessoas que buscam uma visão estratégica sobre todos os fatos, e mais, buscam fazer certas previsões baseadas nessas prerrogativas.
Baseado nisso que eu escrevo este texto, buscando entender quais as reais intenções das atitudes. Uma pessoa pode ter 3 estilos de atuação:
- Imperativo Categórico
- Imperativo Hipotético
- Sem Imperativos.
Na primeira, você analisa as ações das pessoas como sendo sem esperar algo em troca. Ou seja, eu abri a porta para meu presidente passar, simplesmente porque sou educado.
Na segunda, você analisa as ações das pessoas acreditando que elas estão esperando algo em troca, ou seja uma reação. Eu abri a porta para meu presidente passar, porque acho que isso somaria pontos para uma futura promoção.
Na ultima você simplesmente abre a porta.

Analisar um fato quando ele acaba de acontecer é algo extremamente difícil, pois é algo recente e ainda não se é possível compreender a cadeia de reações, para que você possa entender a verdadeira intenção. Mas é o Caso mais comum.

Problema dessa mania: Completamente suscetível ao erro.

Uma vez que você parte de idéias sem muitos fundamentos, que na verdade são percepções, ou interpretações, você está completamente vulnerável a errar, pois a linha entre os Imperativos é muito tênue.
Uma forma para se “burlar” o erro, é a comunicação. Sempre propondo discussão sobre os fatos, abre-se a gama de entendimento e de interpretação, trazendo novas cartas ao jogo.
Mas de verdade, o problema de verdade é que nem a pessoa que fez o fato sabe nitidamente do Imperativo que a levou fazer. Por exemplo, a rotina é tão intensa, a insônia, a correria, faz com que eu abra a porta sem nem perceber se meu presidente estava passando, se era outra pessoa, porque simplesmente eu estava abrindo a porta já, para mim!
Então, se é difícil para a própria pessoa entender suas atitudes, imagine para um terceiro interpretar.
Outro erro é se tornar maquiavélico. Que Maquiavel me perdoe por estar usando seu nome, mas a prática dessa situação leva a uma espécie de “naturalismo interpretacional” (palavra minha), onde se analisa todas as atitudes, sem controle, simplesmente analisando as intenções das pessoas para todas as ações que acontecem. E Cada vez que isso acontece, mais realista (no mau sentido da palavra) você é capaz de ficar. Ou seja, quanto mais você buscar analisar os fatos, mais realista você fica, pois sua cabeça vai longe e faz conexões improváveis, mas como você está se baseando em um caminho de lógica e empírico, você acredita. E ai vem o ceticismo. E dessa forma, na próxima vez que você analisar algum fato, analisará pensando no Imperativo Hipotético e só.
Isso cega o analista, e tira a credibilidade de sua analise. Principalmente, quando se analisa uma pessoa que teve boas intenções, mas é avaliada por más lentes.

E é nesse ponto que eu queria chegar, para ligar com o “amor” tanto falado neste blog (http://aconstrucaodadesconstrucao.blogspot.com/). Para o verdadeiro amor, e isso pode ser incorporado a verdadeira amizade, quando se faz uma analise, não se consegue analisar através de más lentes, compreendendo o Imperativo Hipotetico nas ações da pessoa amada que afetem você. Ou seja, você percebe que a pessoa age sem intenções, e isso gera confiança que cresce na medida em que mais ações desse tipo são produzidas. Por isso, talvez, essa saga da procura de um grande amor, se conduz ao erro por um erro de analise.
Quando nós amamos, nós (não só) não conseguimos, mas também não podemos analisar com maus olhos. Simplesmente não conseguimos. E por isso você não analisa mais, porque vê que a probabilidade de erro é enormemente maior do que a de acerto, e para aquela pessoa a sua lógica é errada.

Dessa maneira quando você busca “colocar a cabeça no travesseiro e não ter que pensar em ninguém”, será que você:
-não quer a cobrança de ter que pensar em alguém?
-não quer mais analisar aquela pessoa?

Não acredito que a pessoa que você pensar é a que você ama, E isso não é uma regra. Porque o verdadeiro amor, acredito eu, as cobranças devem ser mínimas. Até porque cada um deve saber sua parte. E a partir disso, você tem o livre arbítrio de pensar ou não na pessoa quando colocar a cabeça no travesseiro, contanto que seja a pessoa que te faz sorrir.
Só isso importa: a Felicidade.

E para terminar com o mesmo poeta que o Marcone citou, abro para uma discussão futura “tristeza não tem fim, felicidade”, ou seja, somos por natureza tristes e temos somente alguns momentos de alegria?

junho/2009

segunda-feira, 1 de junho de 2009

I GOT YOUR BACK, love.

Vou para o centro.

Estava ouvindo o DVD do John Mayer e, entre uma música e outra, ele conversou com a platéia sobre o amor:

"I've tried every approach to life.
I bought a bunch of stuff. and was like, nah.
That's not it.
Thought I'd shut myself off. Maybe that’s cool.
Maybe that’s what you have to do to be a genius, you have to be mad.
If you get the word 'mad' from the word 'genius' then maybe you'd make the genius appear.
But that doesn’t work either.
What I'm trying to say is I've messed with all the approaches except for one.

and that’s just love.

I've done everything in my life that I want to do except just give and receive real love.
I don't mean like a Roman Candle fireworks, Hollywood, hot pink love.
I mean like no matter what, I got your back love.
I don't need to hear I love you.

Some of the people who say they love you, are the last to have your back.

So I’m going to experiment with this love thing..."

Eu sou crítico destes quotes gigantes, de coisas que não são necessariamente minhas, mas neste caso eu achei importante.

Falo sobre o amor e pareço crítico, cético. De fato o amor existe, mas é diferente do que se acredita.

Quando escrevo sobre este sentimento, que de tão abstrato parece simples, é simplesmente pelo fato de eu ter SEDE de um tipo de amor que vá além do "Roman Candle fireworks, Hollywood, hot pink love", que é só o que eu tive durante toda a minha (não tão longa) vida.

O que me perturba é a falta deste I GOT YOUR BACK love. Quando Hollywood e afins tentam nos fazer acreditar na existência única e absoluta deste amor cor de rosa, eles só nos vendem a mentira. E nós compramos.

Eu repito sem medo: se a verdade está presente em algum sentimento, não está no amor. Só que isso não descredencia o amor.

O amor que procuro não é o aquele em que "haja a verdade, somente a verdade, nada mais que a verdade". O grande objetivo destes textos, deste espaço, é exatamente mostrar que a "verdade", ou os argumentos, são sempre múltiplos, daí a "construção da desconstrução".

A verdade está no tudo e no nada, sempre.

O que eu procuro é este incondicionável "I got your back love". O amor que não nos leva a verdade, mesmo porquê a verdade não existe. É o amor que nos leve à paz.

As pessoas falam de amor e sempre dizem "em quem você pensa quando coloca a cabeça no travesseiro?? é esta pessoa que você ama!!"

Eu quero um amor que me permita colocar a cabeça no travesseiro e não ter que pensar em ninguem.

Embriaguês.


De fato bebo, mas bebo por que quero, gosto e adoro!
Quero beber por que o gosto gelado, quente, doçe ou salgado de cada gole de cerveja, vinho e etc, esconde um prazer que me aproxima e me faz beirar a eternidade, não importa ao lado de quem eu esteja.
Gosto de beber, pois, as palavras proclamadas por mim após cada momento de eternidade ecoam nas paredes escuras da própria eternidade.
Adoro beber quando estou entre amigos e amadas, pelo complexo fato de unir todos os sentimentos: o querer o gostar e o adorar em um só momento que a bebida há de eternizar.
Coitado de quem bebe para esquecer; esse age como o próprio cão que corre atrás do próprio rabo, em busca de algo impossível de alcançar que é o fato de esquecer algo que faz parte dele mesmo. O máximo que a pessoa que faz isso pode conseguir é divertir os outros assim como um cão diverte as pessoas ao correr atrás do próprio rabo, ou chatear a todos por não ter conseguido alcançar o que queria.
A bebida/embriagues é altruísta e coitado de quem a usa de forma individual e egoísta.
Até quem bebe sozinho sabendo do poder mágico que existe na embriagues não bebe sozinho pois dialoga com si próprio.
Se eu pudesse, e vou doar um conselho a alguem, neste aspecto, seria: "Beba sempre para eternizar algo, momento ou sentimento, mas nunca para buscar ou encontrar moradia no esquecimento".
Mais infeliz ainda é aquele que não bebe ou que não sabe beber ou mau usa a bebida para quebrar a "mágica" que existe em quem sabe ou quer aprender o encanto de beber e o poder que existe na embriagues, esses infelizes como dizia o poeta "não vão ter perdão".

Saiu ontem nos jornais:"O amor existe"

Em ideias curtas os jornais diziam:

Nada existe sem o amor.
O conceito ocidentalizado, ou melhor, "Americanizado" sobre o amor, que o define como aquela coisa mágica e linda dos contos de fada onde duas pessoas sempre lindas, se amam e são ricas ou ao menos uma delas é, e que no final vivem felizes para sempre. Quem procura esse conceito de "amor" está definitivamente fadado a não encontra-lo, a não ser, em uma visita aos estúdios disney ou hollywoodanos espalhados pelo mundo.
O que é de deixar qual quer um furioso é saber como pode alguem diminuir tanto o maior e mais importante de todos os sentimentos, O AMOR.
O amor é muito, mas muito maior que isso que nos tentam empurrar guéla abaixo, o amor é muito mais completo, muito mais feliz, e muito mais complexo. O amor está em tudo, inclusive no relacionamento "amoroso" entre duas pessoas, o amor está na amizade, na familia, no ódio, na inveja, na doença, na saúde, na felicidade, na tristeza, o amor está na terra, no céu, no ar e no mar.
O amor deve estar no passado, no presente e no futuro, ele está no inspirar e no espirar e se você olhar bem e não achar amor em nada disso, ai meu caro volte e continue procurando até achar, pois, a vida não vale de nada sem o amor nas grandes ou pequenas coisas.

"Dizer que o amor não existe é como dizer que o céu não é azul. De fato o céu pode mudar de cor, mas ele sempre que você quiser vai ser azul."

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver.

Existem muitas formas de se embriagar. Talvez isto seja o ponto em que o ser humano mais evoluiu, ou pelo menos mais tentou evoluir desde que o mundo é mundo. Em fugir da realidade, da verdade.
Mas o que é a verdade?

Quando pensamos na desconstrução, é inevitável deixar de ligar esta idéia com a da busca por aquilo que é, de fato, real. Mas existe algo 100% verdadeiro?

Se existe, estou certo de que não é o amor.

Nós somos animais bem mais irracionais do que costuma se "pensar", contraditório han?

A cada dia que passa concluo que estamos presos a alguns preceitos que não mudam, nunca mudaram e que nunca vão mudar. As pessoas não percebem que a luta para ser feliz, a eterna briga para encontrar alguém, ou se encontrar em alguém, é o caminho mais curto para a infelicidade.

A desconstrução e a construção, não importa em que ordem e em que momento, são mais duas eficazes ferramentas para atingirmos a tão sonhada INfelicidade. A felicidade está no vácuo, no constante e não no que parece lógico, naquilo que não se sonha, que se vive.

Ser feliz é o constante, é aquilo que não varia.

Quem nunca parou e pensou, "como seria bom se isso acontecesse", ou então teve um sonho com uma situação que pareceria simplesmente perfeita. E a pergunta que eu faço, sabendo a resposta, é: você já olhou para o passado? O seu passado?

Aquela velha frase "eu era feliz e não sabia" é muito mais recorrente do que as pessoas pensam. Talvez a maior virtude que um ser humano pode ter, é de ser feliz e perceber.

Enquanto isso não ocorre, o que sempre nos resta é a embriaguez, aquela que nos permite, por algum tempo, não saber nada, ou seja, ser mais racional que o resto do mundo.

Ficamos bêbados bebendo, desejando, amando, sofrendo, bebendo.

E isso é ainda é bossa nova. Muito natural...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A eterna construção.

Partindo do principio que: acreditemos na "desconstrução" de temas e fatos, pois eles são importantes para a renovação e criação de novos argumentos, e muitas vezes, a melhor forma de descobrir a verdade por traz dos fatos construídos. Podemos afirmar que tudo pode ser desconstruido de forma a esmiuçar a real razão ou interesse imbuido em casa ato ou argumento.

Posto isso vamos tentar achar uma exceção dentro desta regra "desconstrutiva":
O homem buscou sempre a construção ou a desconstrução?;
Será que teriamos hoje alcançado tal nível de desenvolvimento em todas as áreas que o ser humano pode atuar, se o homem estivesse sempre em busca de consultar a regra da "desconstrução"?;
Ou até mesmo a mãe Natureza, ela encontra-se em estado continuo de construção ou desconstrução?

Acredito que a desconstrução só é fato valido quando se a utiliza para construir. Uma vida forjada, em muito esforço, trabalho, decepções e conquistas, pode ser facilmente desconstruida em poucos argumentos montados por quem não passou, viveu ou nem se quer participou de um processo de construção.
Isto é valido, tanto assim, que culturas milenares as quais, muitas vezes sofreram fortes processos de desconstrução, vivem hoje no seio de cada descendente ou mesmo de cada homem que tentou desconstrui-lá.

Por hoje é só, em breve continuarei, mas:

Segue esta reflexão, para que possamos juntos incandescer nossas mentes!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

O nome, a síntese

Não sei o exato motivo de ter escolhido este nome, da mesma forma que não sei o motivo pelo qual resolvi escrever em um blog.

Não tenho um propósito para este blog, simplesmente percebi que tudo tem um limite, até a própria confusão.

E por isso escolhi as palavras.

Creio que quando as primeiras civilizações resolveram criar desenhos primitivos, signos, pinturas rupestres, a intenção não era a de registro, tampouco de comunicação, e sim, organização.

Palavra esta, que me persegue desde que existo. Organização.

Talvez esta mania de achar que tudo tem um outro lado, de tentar quebrar padrões, é exatamente uma defesa a este meu defeito terrível de não conseguir organizar nada em minha cabeça. Não há verdade ou mentira, certo ou errado. O que existe é uma série de conceitos e pré-conceitos ingeridos de forma pouco opcional.

Se eu fosse um primata e quisesse registrar algo em uma caverna, como uma síntese da vida, desenharia uma mãe dando de "papá" para um bebê.

É assim que nós vivemos, engolimos durante toda a vida diversos padrões, normas de conduta, ideais, princípios religiosos, sexuais, políticos. E não acho isso errado, nem tampouco que devemos nos rebelar contra o "sistema" e fugir de tudo o que é enlatado. Acho que isto é a vida.

O problema de chegar a esta conclusão, é que quando te apresentam uma verdade, que você não vê erro de lógica nenhum, e que tem absolutamente tudo para ser considerado absoluto, você desconfia, desconstrói, e ri da vulnerabilidade dos argumentos.

E de fato, o argumento que quero construir é que tudo na vida é vulnerável, frágil e contestável.

Ironicamente, até este argumento.

A diferença é que algumas pessoas nascem com a maldição de querer questionar o que a primeira vista parece lógico, e este, certamente, é o primeiro passo para uma pessoa ser infeliz.

Aprender a conviver com o simples, a ser feliz com o simples, a ser simples. Não é simples.

Talvez seja a coisa mais complicada do mundo.